A Síndrome Dolorosa Subcalcânea mais conhecida como Fasceíte Plantar é uma das lesões podais mais frequentes com etiologia ainda desconhecida.

Normalmente diagnosticadas em pessoas que praticam desportos de corrida, de salto ou em pessoas com peso corporal excessivo, podem provocar um longo período de incapacidade corporal em seus estágios mais avançados, já que esta constitui em uma inflamação da fáscia plantar, podendo assim em um estágio crônico evoluir para uma tendinose plantar.

A fasceíte não possui uma causa exata, porém normalmente é provocada pela tração repetida da fáscia na inserção do calcâneo, o que leva a microrroturas da aponeurose. Constitui uma das mais frequentes lesões por hiper solicitação.

Apesar do prognóstico com cuidados conservadores serem excelentes, o não tratamento pode resultar em causas extremas e até em cirurgias.

Os fatores provocantes são constituídos em intrínsecos e extrínsecos, tendo como  fator intrínsecos as alterações morfológicas do pé (pés planos ou cavos, calcâneos varos, pronação excessiva),  a diminuição da força de flexão plantar, retração ou redução da flexibilidade dos músculos tensores plantares, fratura por estresse do calcâneo, neuropatia compressiva dos nervos plantares, atrofia senil do coxim gorduroso plantar, dentre outros. Já os fatores extrínsecos, constituem em erros de treino físico (quando é excessivo e não progressivo), calçados em más condições, treinos em pisos inadequados (pisos duros), dentre outros.

Com o tempo, a fasceíte não tratada pode dar origem ao esporão do calcâneo.

O quadro clínico deste paciente se mostra hiper doloroso logo ao se levantar da cama e apoiar os pés no solo pela primeira vez, melhorando no decorrer do dia ou ao iniciar atividades esportivas, melhorando com a sequência do treino, ou nos dois casos com o repouso dos pés.

Em casos extremos a dor é permanente, chegando ao ponto dos pés não suportarem o peso corporal sobre si.

O tratamento pode ser medicamentoso, porém a Fisioterapia tem um percentual de melhora considerável chegando a uma média de 90% dos tratamentos e sem a necessidade do uso de medicação.

Dentre estes recursos, a Posturologia auxilia no tratamento de forma que seja devolvida a este pé uma distribuição de carga correta e sem a sobrecarga de nenhum dos terços médios podais pois alivia a descarga de peso sobre o antepé, mediopé e retropé já durante a recuperação ou até mesmo durante as frequentes práticas esportivas.